Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos;" Rm 12.15,16
O propósito da igreja é anunciar o grande amor de Jesus Cristo pela humanidade, revelando o seu grande sacrifício na cruz para redimir a todo aquele que com grato coração o aceitar.
A Bíblia nos revela um Jesus que aqui na Terra demonstrou grande compaixão pelos oprimidos, marginalizados, pobres, perseguidos. Seu amor foi revelado em milagres, curas, ressurreição no meio do povo. Durante o seu curto ministério - três anos e meio - ele jamais se negou em ajudar e amparar aqueles que necessitavam, não apenas com palavras de consolo, mas com a sua presença e ação. Foi o que Ele também ensinou aos seus discípulos: O Ide de Jesus deveria ser pregado e vivido por eles.
Em Atos dos Apóstolos, os cristãos permaneciam na doutrina que fora ensinada pelos apóstolos, mantinham-se em comunhão, repartiam juntos o alimento, oravam e choravam com simplicidade em seus corações.
A COMUNHÃO DE HOJE NAS IGREJAS
Nos deparamos com uma igreja institucionalizada, com lemas de crescimento prodigioso em suas estruturas. Entretanto, pouco tem se preocupado com as carências e com o choro dos irmãos que a compõem, os quais são apenas vistos nos grandes encontros em datas especiais, sendo contabilizados e notados por lotarem os grandes templos, mas com o mínimo de amparo espiritual e, em alguns casos, com um assistencialismo mitigado, que não se traduz no fruto do Espírito revelado pelo Apóstolo Paulo na Carta aos Gálatas.
Poucos irmãos sentem as dores uns dos outros. São raros os líderes religiosos que ainda acompanham suas "ovelhas", visitando-os, exercendo de fato o pastoreio presencial, e levando a mão amiga e o favor da oração e palavras de consolo ou ainda se alegrando pelas conquistas, de modo pessoal. O que vemos são decisões sendo tomadas nos gabinetes, departamentalizados, nos quais os fiéis têm acesso difícil.
A igreja caminha diametralmente oposta aos princípio da igreja primitiva, na qual a comunhão era a principal característica. Tendo tudo em comum. Havia simplicidade em cada cristão e esmero pela doutrina fiel e se dedicavam incessantemente às orações.
SEM COMUNHÃO NÃO SE SENTE O CHORO NEM A ALEGRIA DOS IRMÃOS
Somos aconselhados pelo apóstolo Paulo a sermos UNÂNIMES e HUMILDES. Mas a altivez de muitos irmãos não dá lugar à sensibilidade cristã. Muitos sofrem e se desanimam por falta do encorajamento amigo e força de seus irmãos na fé, tendo que suportar as suas guerras espirituais lançados à própria sorte.
Cada um luta pelos seus próprios interesses. Os líderes de hoje estão muito atarefados com suas próprias causas e projetos.
Acerca disto, Paulo também nos desperta: "Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo. Porque, se alguém cuida ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo." (Gálatas 6:2,3)
Como levar as cargas uns dos outros, estando distante e insensível àqueles que nos cercam? Seria interessante a igreja voltar ao lema dos mosqueteiros: um por todos e todos por um.
Muitos estão sedentos de uma palavra amiga, bem mais próxima do que distante. Sentimos o choro e a alegria quando compartilhamos dos momentos, bons e ruins.
Deus deseja que a sua igreja esteja mais cheia de amor nestes últimos dias aqui na Terra. A palavra profética de Jesus acerca do amor de muitos se esfriar, está mesmo se cumprindo, porém a igreja santa que vai morar no céu deve buscar a presença e o amor de Cristo a cada dia, devendo manifestar ao mundo essa marca.
Se preocupar com a causa dos que sofrem e padecem, deve incomodar o verdadeiro cristão!
(Jonas Portal)