segunda-feira, 18 de abril de 2016

CRÔNICA - A VIGÍLIA DO ALTAR DA ORAÇÃO.

Talvez vocês leiam este relato ascendente. 
Foi uma noite ímpar de intimidade com Deus. 

Naquela noite de sábado, despediram-se de suas casas os fiéis cheios de fé, rumo ao grande conclave. Vinham a pé, em lotação de ônibus, automóveis, motocicletas, bicicletas, sozinhos, em grupos,  em família. Uma massa humana de cristãos assembleianos adentrando na nave do sagrado Templo, na cidadezinha mãeriense. Aliás, um belo Templo. A razão? uma sede incessante de Cristo, do Espírito Santo, de Deus. Um desejo fervente de ser ouvido. Respondido. Usar a comunhão no fervor da oração. Os anseios de cada coração ali presente eram tantos que de pronto se notava nos rostos um grande exultar. A noite estava convidativa, sem os nublados naturais do mês de abril, característicos desta região. Os lugares eram preenchidos e, ao passo que mais pessoas chegavam, entoavam-se louvores do hinário cristão à capela, não orquestrados, num coro de vozes jubilosas, junto com as palavras iniciais do sacerdorte pastoral, trazendo um alimento espiritual com refrigério para a alma. Ouvi atento os belos compassos da orquestra Renascer, na regência de seu maestro e a consonância com os naipes do coral de quatro vozes. Iniciava-se, ainda na primeira vigília da noite, intensa oração, de joelhos dobrados, no propósito de adorar ao Supremo criador.  Romperam-se, então, os céus e houve um transbordar de alegria. Senti naquele instante as forças sendo renovadas, um vigor sendo estabelecido para suportar o porvir da madrugada. Novos cânticos entoados, testemunhos contados, e todo pensamento dá liberdade para o Santo Espírito do Deus Pai. De pé, em intercessão, cinco vidas ali batizadas. 
Já adentramos a madrugada e vejo vidas renovadas. Ministra-se pela fé em Cristo, a cura, através das mãos, desde o nascimento cravadas com M, de milgre. Vai à frente, com a oportunidade a ela conferida, uma pequena menina, talvez 7 anos, vestido azul, como uma princesa, ela canta com unção divina acerca do poder do Deus de milagres. Doentes e enfermos são curados. Uma comunhão fraterna se expande naquele ambiente. O sono apenas dominava umas poucas crianças e outros jovens ali presentes. Alguns poucos vão embora, mas continua-se o louvor de chuvas de bênçãos e restituição, preparando-nos para o ápice daquele propósito. A ministração da Palavra final, sob a autoridade do Pastor, já com a voz a fios, rouca, inteligentemente leva-nos a um alívio espiritual e um bálsamo para a alma. Estive certo de que ali ficara como memorial um "Altar da Oração", já às portas o esplendor da aurora do dia, o relógio sinalizava que a batalha espiritual havia sido conquistada, ao que os semblantes dos vencedores mostravam-se fulgurantes, e na hora final nos ajoelhamos em devoção e agradecimento por todas as graças alcançadas. Ficando de pé, os olhos se voltaram para as janelas à nossa esquerda e foi inevitável a admiração pelo crepúsculo no horizonte, radiante, era o sinal do Criador, enquanto a Orquestra e todos de mãos dadas, entoavam seu mais perfeito canto:
 "Deus não rejeita oração; Oração é alimento; nunca vi um justo sem resposta ou ficar no sofrimento...Então louve, simplesmente louve. Tá chorando louve; precisando louve; Tá sofrendo louve; não importa louve. Seu louvor invade o céu"
E a glória, a shekinah de Deus, encheu aquele Templo. Às seis da manhã, foi retumbante o grito: VENCEMOS, VENCEMOS, VENCEMOS!! 


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